A vacinação é uma das formas mais eficazes que os pais têm de colocar em prática o amor por seus filhos, protegendo os pequenos de contrair várias doenças graves e potencialmente fatais. Deixar de vacinar é uma negligência, não só para com os filhos, mas para a comunidade como um todo. Este é o fato que tem que ser entendido pelos "ativistas contra as vacinas". Estamos colocando em risco uma coletividade. Não é uma escolha onde as consequências são individuais, as consequências são coletivas, pois contribui para aumentar a circulação de doenças que poderiam ser totalmente controladas e mesmo consideradas extintas se todos cumprissem as orientações para vacinação. Como qualquer ação apresenta riscos e efeitos adversos, no caso das vacinas em geral, leves e transitórias, estas situações devem ser informadas à família e ao paciente, quando emancipado. E a equipe de vacinação deve estar sempre habilitada para tratá-los ou para conduzir ao local de referência para o tratamento, quando necessário. A notificação de evento adverso na guarda e transporte é, também, fundamental para a manutenção da segurança das vacinas licenciadas em nosso país. As recomendações servem para todos, usuários e integrantes da equipe de saúde.
Nunca tivemos tantas possibilidades de acesso à informação em saúde, o que deveria gerar conhecimento sólido para toda sociedade e, consequentemente, em uma forma simplista de avaliação, melhoria na qualidade de vida, o que não tem ocorrido em muitas áreas. Também nos dias de hoje, existe uma facilidade grande de acesso a informações erradas, que são difundidas sem nenhuma base em trabalhos de pesquisa médica e trazem dados que confundem e atemorizam de forma irresponsável a população.
A imunização tem dado resultados no Brasil e no mundo. Em nosso país, já ocorreu a erradicação da poliomielite e da varíola graças à utilização de vacinas.
O calendário da rede pública de saúde possibilita uma ótima proteção ao bebê quando seguimos rigorosamente as datas e as doses. E no SUS também são disponibilizadas vacinas para pré-adolescentes e adolescentes, adultos, idosos e, ainda, para gestantes. São prevenções de extrema importância. Como exemplo, temos a vacina da gripe para idosos, que está sendo realizada em toda rede SUS e que diminui imensamente os riscos graves, inclusive de óbito, que esta doença representa.
A Secretária de Saúde do Município de Santa Maria, dispõe de uma equipe bem treinada e acolhedora em diversas salas de vacinas e, juntamente com o Conselho Municipal de Saúde e o apoio do legislativo municipal (vereadores), além de estar investindo na "construção" de uma rede de alto padrão, em especial nas áreas de maior vulnerabilidades e que observa rigorosamente estes indicadores, tem melhorado seus índices ano a ano.
Outro fato super interessante para época que vivemos, onde a maioria das pessoas têm um smartphone na mão, é que temos disponível aos usuários do SUS um aplicativo capaz de gerenciar (calcula, a partir da inserção da primeira vacina no calendário, quando será a próxima e envia um lembrete por mensagem) e cadernetas de vacinação cadastradas pelo usuário. Além disso, este aplicativo abriga informações completas sobre as vacinas disponibilizadas pelo SUS e tem uma função com lembretes sobre as campanhas sazonais de vacinação, marcando a próxima data da imunização. Apresenta o detalhamento de todas as vacinas disponibilizadas pelo SUS e podem ser enviados via e-mail para impressão.
O Brasil tem muitas carências na área de políticas públicas, mas negar os avanços de algumas delas é um equivoco. E precisamos de mais vacina incluídas no calendário, maior conscientização de pais e responsáveis da importância do calendário em dia. E principalmente o entendimento de que não é um ato isolado, pois a não vacinação coloca em risco toda uma comunidade, fato que vivenciamos recentemente no Brasil, com a chegada dos refugiados da Venezuela, com o surto de sarampo. Falar sobre os benefícios da vacinação talvez seja "chover no molhado", mas é sempre bom lembrar: redução dos números de casos de doenças infecciosas, redução da medicalização; redução no número de hospitalizações, redução da mortandade; erradicação de doenças e o maior deles: ter nossas criança saudáveis.
Vamos olhas as carteiras, vamos baixar os aplicativos (se for possível), vamos levar nossa crianças para vacinar e vamos nos vacinar.